segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Entrei num barco do qual não posso sair

Segunda Feira às 8h estava eu fazendo minha inscrição e participando do treino.  O local de treinamento era o ginásio. Quando chego e percebo que a grande maioria dos alunos eram moradores de uma comunidade vizinha a UFC - e isso significava que se tratava de pessoas em potencial de risco, onde os problemas sociais já assolavam o cotidiano das mesmas - tenho vontade de desistir, logo imaginei os comentários da família, pois se soubessem com quem eu estava me relacionado certamente me proibiriam.  Mas estava numa universidade fator favorável e o desejo de ser capoeirista de fato e poder vivenciar aquilo era mais forte e a partir de então venho caminhando nessa estrada que nunca se chega ao fim...
As aulas eram segundas, quartas e sextas pela manhã. Uma turma com cerca de 100 crianças e adolescentes. Na medida em que íamos ganhado confiança o Mestre nos conduzia a nossa sede que se localizava na quadra do céu, no campus do Benfica também na UFC. Com menos de um mês estava participando dos treinos em nossa sede, o critério era a desenvoltura, era estar em condições de acompanhar os treinamentos que lá aconteciam.
Dessa turma conhecia várias pessoas, sabia de onde eram e alguns conhecia até os pais como é o caso do Romualdo Santiago, hoje Contramestre Apache.  Então a amizade e a cumplicidade foram se fortalecendo e na medida em que o tempo passava nos tornávamos irmãos no sentindo mais profundo que a capoeira tem. Como diz a música: Era eu era meu mano, ai meu deus era meu mano mais eu...
Nossa rotina a partir de então era assim: segunda quartas e sextas pela manhã PICI, terças, quartas, quintas e sextas a noite Quadra do Céu. 
Iê volta do mundo!!!!

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