Segunda Feira às 8h estava eu fazendo
minha inscrição e participando do treino. O local de treinamento era o ginásio. Quando chego
e percebo que a grande maioria dos alunos eram moradores de uma comunidade vizinha
a UFC - e isso significava que se tratava de pessoas em potencial de risco,
onde os problemas sociais já assolavam o cotidiano das mesmas - tenho vontade
de desistir, logo imaginei os comentários da família, pois se soubessem com
quem eu estava me relacionado certamente me proibiriam. Mas estava numa universidade fator favorável e o desejo de ser capoeirista de fato e poder vivenciar aquilo era mais forte
e a partir de então venho caminhando nessa estrada que nunca se chega ao fim...
As aulas eram segundas, quartas e
sextas pela manhã. Uma turma com cerca de 100 crianças e adolescentes. Na medida
em que íamos ganhado confiança o Mestre nos conduzia a nossa sede que se
localizava na quadra do céu, no campus do Benfica também na UFC. Com menos de
um mês estava participando dos treinos em nossa sede, o critério era a
desenvoltura, era estar em condições de acompanhar os treinamentos que lá
aconteciam.
Dessa turma conhecia várias pessoas,
sabia de onde eram e alguns conhecia até os pais como é o caso do Romualdo
Santiago, hoje Contramestre Apache. Então
a amizade e a cumplicidade foram se fortalecendo e na medida em que o tempo passava
nos tornávamos irmãos no sentindo mais profundo que a capoeira tem. Como diz a
música: Era eu era meu mano, ai meu deus era meu mano mais eu...
Nossa rotina a partir de então era assim:
segunda quartas e sextas pela manhã PICI, terças, quartas, quintas e sextas a
noite Quadra do Céu.
Iê volta do mundo!!!!
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